Uma oportunidade...

Sabe aquelas espiãs, com roupas pretas, botas de salto 15, cabelos lindos que caem sobre o rosto de uma forma tão natural e que, até mesmo completamente desarrumado, parecem estar em perfeita ordem. Que andam com tamanha sutileza, como se desfilassem, desviando de inúmeros sensores de movimento e... Acho que você já entendeu, não? Pois sim, eu, quando mais nova, sempre tive essa vontade quase que "louca" de me tornar uma espiã e isso só veio a calhar quando começei a assistir àquele desenho animado, acho que todos conhecem, "As três espiãs demais". Enfim, chamo de vontade "louca" porque aqui no Brasil seria loucura ( no mínimo) alguém querer ganhar a vida como espiã. O que eu investigaria? O que? Tudo aqui já é tão claro, tão transparente, na verdade, tão amador. Tem gente que esconde dinheiro na cueca! Eu, como uma quase futura-ex-espiã me recusaria a investigar as peças íntimas de terceiros, por mais profissional que eu possa/pudesse ser. No entanto, eu acho que desviei um pouco do que eu realmente pretendia falar...

Sexta-feira passada (estou postando um pouco atrasada, sinto por isso, mas não tive muito tempo esse fim de semana) tinha tudo para ser uuma sexta como qualquer outra (sem contar com a prova de física, que, por incrível que pareça, foi boa). Fiz minha prova em 30 minutos, entreguei a fiscal e dirigi-me a sala de aula, há muito não terminava uma prova tão rápido. Que seja! Haviam poucas pessoas na sala, o que não vem ao caso ( eu tenho o poder de mudar de assunto tão naturalment, tomara que isso me sirva de algo um dia ). Fizemos passar o tempo com uma boa "conversa fiada" e piadas internas, até que o primeiro toque anunciou que faltavam cinco minutos para a primeira aula. "Ã? O quê? A gente tá trancado?" - Foram as palavras que eu escutei antes de dizer - " O quê?!"

Eram mais ou menos 15 pessoas tracadas dentro de uma sala de aula sem janelas ( ou pelo menos nehuma que algum ser humano, que não fosse um recém-nascido, passasse ). 15 pessoas para uma garrafa com água e quem sabe algumas barras de cereais e biscoitos que encontrariamos na bolsa de alguém que ainda trazia, felizmente, lanche para o colégio. Ficamos desesperados, felizes e desesperados. Felizes por que perderiamos as aulas chatas de física e desesperados pela situação em si. De um lado para outro pensavamos num jeito de sair dalí e não sair. Metade da turma ria dentro da sala, a outra ria do lado de fora, junto a professor desperado e grudado a maçaneta. O tempo foi passando, eu ficava impaciente e assustada. Mexendo na minha bolsinha de lápis eu encontrei algo que poderia nos tirar dalí. Sim, eu tinha uma ideia e um grampo. Eu finalmete usaria minhas teorias de espiã. Eu abriria aquela porta com o meu grampo de cabelo e salvaria todos. Eu entraria pra história daquele colégio. "Saiam da frente, eu tenho a solução!" - gritei da minha carteira, ninguém me deu atenção, estavam muito preocupados para isso, deixei passar. Empurrei as pessoas que estavam atrapalhando a minha passagem e finalmente tive acesso a porta. Com o grampo, mexi aqui e aculá, de um lado para o outro e Tã-Rã.... A porta não abriu! ( Ei, é bem mais difícil do que eu imaginava). Bem, fui tirada de lá. As coisas não sairam como eu esperava. Tempos depois um funcionário da escola abriu a porta com uma chave-de-fenda, nada tão cinematográfico, mas tá valendo, eu já estava cansada, com sede e com fome... Foi assustador e horrível. Os 15 minutos mais longos e claustrofóbicos da minha vida.

Foto 1: Eu e o meu pedido de socorro.

Foto 2: Meu pedido de socorro.

Foto 3: Eu em ação com o grampo. (foto de celular, por isso a péssima qualidade, supere!)

4 Response to "Uma oportunidade..."

  1. Hugo Says:

    adorei sua cara de acabada!
    e a prova que você recebeu hoje não foi a de sexta
    =D

  2. Unknown Says:

    adorei amiga, dá pra ser escritora mesmo :D

  3. Débora Lyvia Says:

    arrazou, lembrei muito da senhora smith rs

  4. Lýý Says:

    adoreeeeeeeeeei seu texto, seu blog e seu jeito! =D
    tô seguindo guria ;)