Realeza?

Gente! Alôôô! Vocês levam cada coisa a sério! Poxa, tudo bem que as coisas esse ano não estão nada legais, que as panelinhas parecem ficar cada vez mais evidentes, mas peraí... Continuamos a estudar juntos, a passar todas as as tardes dentro de uma sala e por mais desagradável que isso seja pra cada um de nós, temos que nos respeitar antes de tudo. Tudo bem, se você é um dos que estão... Como posso dizer? Acho que a melhor palavra é "revoltado" com a história da realeza, acho que deve está achando que eu sou no mínimo uma hipócrita. No mínimo! O que não me importa! A questão é a seguinte. A realeza não foi criado com o intuito de ferir os sentimentos de ninguém... E isso é verdade, quer você queira acreditar ou não! (FATO) E se você quer saber a verdade sobre como tudo isso surgiu, lá vai....


"Sim, realmente quem deu início a essa história foi eu sim, não posso negar! Já passei da fase de mentir para me livrar das consequências dos meus erros. Agora, o problema o seguinte, tudo isso não passava de um brincadeira interna, nunca imaginei que poderia ter esse tipo de repercussão! (FATO) Há semanas, começei com a brincadeira de chamar tudo que se referia a mim como algo Real, isso mesmo, que vem da realeza, uma piada, que só diz questão a mim e ao meu suposto sangue azul. Começei a chamar a minha garrafinha de garrafa real, a água que bebo de água real, a cadeira que eu sento de cadeira real e logo tudo aquilo que não era meu, ou não tinha nenhuma ligação direta ou indireta comigo era da Plebe, sim. (Volto a lembrar que isso era apenas uma brincadeira, antes que até você que está lendo isso, que pode não ter nada haver com a história, fique com nojo de mim.)Chamava os meus amigos de plebeus e nunca me referi a ninguém que não fosse próximo de mim com esses termos, tudo para evitar confusão. Até aí, tudo AZUL. Depois que denominei a mesa do pátio do colégio(a mesa que eu e os meu colegas sentamos todo o intervalo) de mesa real e esse apelido se propagou e caiu na boca dos professores, os meus amigos tiveram a ideia infeliz de fazer a festa da REALEZA. rs,! Pra falar a verdade, eu nem gostei no início, eles queriam tomar os créditos da minha nobreza (táparei), mas resolvi não questionar, aliás, eles estavam em número maior. E foi daí que surgiu o verdadeiro problema pelo qual eu tiro um espaço do meu blog para comentar. As pessoas que, no caso, não eram do grupo real sentiram as dores e acharam que era uma forma de exclusão, ou mesmo de chacota e decidiram se rebelar. E aí começou a conflito entre a suposta realeza e a suposta não realeza."


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Gentee, alô! Corta essa de que vocês levaram a sério isso, né? Poh, pega leve aí! Espero ter explicado o mal entendido. E sim, eu sei, foi chato, algumas pessoas levaram esse brincadeira muito a sério, deixaram o suposto poder real subir a cabeça, mas em nenhum momento ninguém quis ferir os sentimentos de ninguém, nem excluir ninguém. Não mesmo!


Sei que não sou a melhor pessoa pra tá falando isso! Não sou a mais amada, a mais simpática, a mais sociável da turma, isso é FATO! Mas não é por isso que não posso contar ou expressar o que sinto... Acreditar no que falo já é uma questão de cada um de vocês! A minha parte eu já fiz. O recado tá dado. Não sou a pessoa bestinha, ou mimada que vocês pensam que sou! Sou eu o tempo inteiro e defendo meu ponto de vista até o fim! Se vocês discordam de mim, se tem algo contra ao que falo... Bom... Não posso fazer nada! Nem vou mudar pra agradar a cada um de vocês, não mesmo! Se quiser gostar de mim assim, gostem, se não, meus pêsames. Tenho pessoas que me amam desse jeito e estou feliz assim. Só quero dizer uma coisa: " Sejam mais profissionais, por favor! Separem mais o pessoal do profissional! Isso é uma lição tanto pra agora, quanto para o futuro de cada um de vocês! Não esqueçam que (alguns de nós) estudam juntos desde pequenininhos e que já fomos amigos inseparáveis e tivemos amizades verdadeiras, mesmo que elas não tenham durado até hoje, isso não significa que ela deixaram de existir um dia! Lembrem que tivemos muitos momentos juntos agradáveis, divertidos, engraçados! Esqueçam por um momento das brigas, dos bate-bocas que estamos tendo! Lembrem de tudo que passamos juntos! Lembrem que esse é o nosso último ano juntos, que a nossa "família" vai ser separada esse ano, que cada um vai seguir o seu caminho e que apesar de você não querer nunca mais ver aquela garota chata que senta do seu lado, ou na sua frente, enfim, ou aquele garoto que só fala besteira, logo alí perto, cada um fez parte da sua história de alguma forma! Entendam, eu não quero que vocês concordem comigo, sei que tem gente que pode até querer concordar, mas vai fazer o contrário de pirraça, quero apenas que vocês deixam o orgulho de lado, como eu deixei agora, e apenas pensem, é o mínimo que vocês podem fazer, não por mim, mas por nossa turma em geral!"




Eu decreto o fim da "realeza", ok? Desculpem o transtorno, realmente não foi a intenção. E sem hipocrisia, sério, cada um de vocês são importantes, de uma forma ou de outra nessa história. Na história do terceirão!

Sexta-feira...

Como era bom, chegar do colégio, colocar a mochila sobre a mesa, tirar o tênis e esperar o tempo passar, esperar a vontade louca de ligar o computador chegar e depois disso, passar horas ali, sem nenhuma preocupação, sem nenhum peso na consciência, por que o dia que sucederia era o Sábado! O melhor dia da semana, o mais esperado, aquele que mesmo que você não tenha nada de bom pra fazer, continuará sendo o dia mais divertido e sem afazeres da semana! No entanto, apesar dos apesares (chegar em casa 7hrs da noite, cansada, com sono, com fome, saber que no dia seguinte você terá que assistir um intensivo de Literatura e História do Ceará e que a tarde ainda terá uma reunião que de nada mudará sua vida, sem contar nas bilhões de atividades que você tem que apresentar na segunda, sem falta, e que estudar um pouco não é demais e sim, extremamente necessário), a sexta continua sendo, para mim, um alívio! Isso porque consegui suportar uma semana inteira sem perder a cabeça, sem me atirar de um prédio ou me jogar na frente de um carro, devido a superlotação de coisas que tenho pra fazer e estudar; porque é uma semana a menos de aulas chatas, professores chatos e conteúdos mais chatos ainda e sim, lógico, porque a sexta nunca perderá o seu conceito de sexta! Ela é e sempre será o último dia útil da semana e também uma ótima desculpa para dar ao pais - " Poh, pai, passei a semana todinha estudando e eu sei que amanhã tem aula, mas dá um descanso né? Hoje é sexta! " - Aí eles param e pensam (e guardam isso só para eles, nunca diriam em voz alta, sabem que podemos usar isso contra eles depois) - " É verdade! Lembro quando eu vestia aquela minha calça azul-desbotada boca de sino na sexta-feira a noite e saia paras as discotecas, curtir um som bacana, flertar uns brotos, ver a juventude na paz " - "Tá bom! Vá fazer o que você bem quiser, mas não perdi a hora viu mocinho(a)?! "

SIM! É issos que eles pensam quando mudam de ideia, e não se assuste, nós pensaremos algo parecido um dia!



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Então faça como eu, liberte-se na sexta! É sexta, gente! Vamos comemorar! Se não for sair, use a internet, escute músicas antigas, leia um livro que você está louco(a) pra ler, assista a um filme ( por falar nisso, você sabe de algum bom? tô querendo tirar uma folga no sábado a noite e não sei qual locar) e esqueça o estresse dessa vida louca de estudante! Conselho de amiga! :]

Ah, quanto a essa foto, bom, eu li esse livro hoje! E, apesar de toda a sacanagem (que não é pouca), é um livro interessante e muito fácil de ler! Lógico! Se você é maior de 18 anos, leia, acho que vai gostar, ou se você não tem, e acha, assim como eu, que: " Ah, é mais uma lollita para maiores " então, você irá se enganar como eu! É muito pior! UAHSA. Mas, não se engane, esse não é um livro que só fala de sexo, tem uma história no fundo que realmente é emocionante(ou, ao menos eu achei, e me emocionei muito, choreilitros). Ótimo para uma sexta-feira a noite sem nada melhor pra fazer. /Fikdik





Beijos e boa sexta! :*

O desejo


Um suspiro. Uma prece. Um pedido. Não tem nada que me deixa mais inquieta do que um desejo. Daqueles em que a gente fecha os olhos e ele está lá; daquele que quando a gente abre os olhos, queremos ver mais que tudo. Daqueles que a gente quer sentir muito mais que nos sonhos e que só depende de nós mesmas para que ele se torne realidade. Um desejo. Na verdade, "O desejo". Pois ele não se mistura, ele não se confundi em meio ao turbilhão de pedidos que já fiz um dia. Ele tem um lugar especial, um lugar só para ele, bem organizado, bem planejado, tudo para que ele não fuja, para que ele continue satisfeito até o fim. Um desejo que contemplo todos os dias, senão, todas as horas, pois quando bate a saudade é nele que eu volto a pensar. Como ele me deixa tão inquieta, como? E é apenas um desejo, acompanhado por uma prece e um suspiro.Mas imagine só quando ele passar de um desejo para a minha realidade. Serei o poço da inquietude. E é com esse pensamento que fecho com um suspiro e mais uma prece.

Quem procura acha!


E se alguém te falou que seria o contrário, pode ter certeza que essa pessoa no fundo nunca quis encontrar nada, por que sim, quem procura, SEMPRE, eu digo sempre acha. Por que até mesmo a palavra achar só foi encontrada depois do verbo procurar! E você deve está pensando: "E essa metaliguagem?" Tá vendo, como você novamente se pega procurando por uma resposta ?Espero que você ache se ler até o final. Enfim, voltando. Sabe, não sei você, mas eu já me peguei esperando por alguém que gostasse realmente de mim, que me aceitasse como eu sou e que me quisesse mais que qualquer coisa. Mas eu apenas esperei e esperei. Quantas vezes eu não esperei por uma oportunidade de mostrar que os meus ideais são coerentes, que minhas ideias são boas e que elas podem realmente dar certo? Mas eu apenas esperei e esperei. Então, agora me diga você, quantas vezes você esperou que ele chegasse em um cavalo branco? Que ele saísse dos seus sonhos e tornasse realidade? Que ele te notasse do mesmo modo que você o nota? Mas você só esperou e esperou, não é verdade? Bom, você já entendeu onde estou querendo chegar? Enfim, a expectativa de vida é muito pequena, ou você acha que 70 anos é muito? Se você juntasse todo o tempo que você perdeu esperando, que eu perdi esperando, notaria que 1/3 da nossa vida foi jogado fora assim. E se você acha que um 1/3 é pouco, tente passar um 1/3 do seu dia olhando para o teto e veja como é isso parece durar uma vida inteira. Então pense. Se você gastasse esse tempo procurando, notaria que os frutos que você colheria no final, triplicariam. E que você acharia SIM! Você acharia o que estava esperando. Porque se você ainda não achou, pare e pense se você esta escolhendo a maneira certa de agir. Esperar e Procurar são filhos da mesma mãe, mas nada indica que seja do mesmo pai.

Coisas de irmão!


Ela tinha onze anos e eu dezesseis. Pode até não parecer uma diferença lá muito grande, mas não quando tratamos de irmãos. A convivência era difícil. Eu já tão madura - ou, pelo menos, eu assim pensava - e ela ainda tão inocente - ou, pelo menos, eu assim pensava - ainda esperando ansiosa na porta de entrada do mundo adolescente. Viviamos juntas, como a maioria dos irmãos dessa idade, comendo e dormindo de baixo do mesmo teto. Dividiamos o mesmo quarto e só não compartilhavamos a mesma cama por um pouco do bom senso que supostamente ainda existia na cabeça de meus pais, já que o guarda-roupa, a sapateira e o espelho - muito pequeno por sinal - ainda eram divididos para nós duas. Enfim, apesar de tudo isso, não trocavamos muitas palavras ao dia e, quando isso acontecia, não eram palavras graciosas e cheias de amor, eram curtas, as vezes monossilábicas, frias e até mesmo grosseiras se fosse preciso, tudo para uma melhor compreensão, pois eu sabia - e ela também - que se mais de cinco palavras fossem trocadas as lesões poderiam ser bastante graves. No entanto, isso é irrelevante, acho que aconteci o mesmo na casa de vocês, não? NÃO?! Tá brincando, né? Ah, uffa, que bom, não queria ser a única a ter vivenciado situações como essas. Enfim, o que eu lembro é que fazia sol, o céu estava lindo e azul, era cedo, um sábado se não me falha a memória. e estava tomando o meu café forte e amargo, como eu odiava, mas já fazia quase um mês que o açúcar não sai da lista do mercatil, já que minha mãe esquecia de comprar. Vi minha irmã passar rápido para o banheiro e na mesma velocidade sair dele. De lá, levou algumas coisas de higiene.

- Para onde você vai mocinha? - ela me ignorou, o que não era novidade e passou novamente em direção ao banheiro.

- Por favor, deixe pelo menos um rolo de papel higiênico! Se acabar esses dois aí, terei que arrancar as folhas do meu caderno do colégio para me limpar já que mamãe... Ei, aonde você vai mesmo?

Ela continou a me ignorar. Larguei a xícara por ali mesmo e a segui até o quarto. Em cima de sua cama havia uma mala, suas coisas estavam postas de uma maneira bagunçada e ela tentava fechar o zíper sem que nada ficasse para o lado de fora.

- Vamos viajar? Mamãe não avisou nada e...

Ela me olhou com uma cara séria e eu parei de falar instantaneamente.

- Não, não vamos viajar.

- E você vai?

- Não.

- E pra que essa mala?

- Vou fugir de casa.

- Vai o que??? - devia ter escutado errado, devia ser a cera, algodão para o ouvido era algo que minha mãe nem mesmo cogitava lembrar de comprar, tá tô brincando.

- É isso mesmo! E é melhor você ficar de bico fechado. Vou aproveitar que mamãe e papai não voltam cedo hoje e vou dá o pé daqui. Eu preciso de paz, eu preciso de liberdade, a vida é curta e eu já perdi 11 anos.

- Como é? - meu deus, eu devia ter perdido o episódio em que minha irmã é abdusida por hippies alienígenas.

- Ah, você nunca entende. Não vou perder meu tempo explicando. Sairei por essa porta em alguns minutos e você não me verá mais, pelo menos não por um tempo e você vai dizer para os nossos pais que eu estou acampando.

- Acampando? Mas até quando?

- Até você precisar dizer que eu fui engolida por um urso ou algo assim, ou até eles decidirem ligar para o meu celular.

Ela pegou a mala e, antes de fechar a porta totalmente, virou-se ... Bom, e começou a rir.

- LIVRE! LIVRE!

Fiquei alí sentanda, pensando o quão maravilhoso seria dalí pra frente. Um quarto, um guarda-roupa, uma sapateira, um espelho - um pequeno espelho, eu sei -, tudo aquilo só para mim. Seria fabuloso, sim, seria. Mas, depois pensei, e se um meteoro caísse exatamente sobre a minha casa e tudo o que eu tinha de mais precioso alí fosse destruido? Eu não teria mais nada para ser só meu, também não teria ninguém para discutir sobre isso, já que meus pais estariam discutindo como iriam arranjar outro local pra morar. Não teria ninguém para sofrer comigo por sentir exatamente a mesma dor que estaria sentindo e ninguém para rir depois que nós fossemos indemnizados pelo acidente cósmico e ficassemos ricos. Notei nesse momento o quão importante era minha irmã e quanto eu sentiria sua falta. Eu a amava e precisava dela. Corri para fora de casa e felizmente consegui encontrá-la antes que ela pegasse carona com o primeiro caminhoneiro que passasse.

- Pra dentro, JÁ!

- Como?

- PRA DENTRO!

Ela voltou para casa, submissa.

- Te odeio. - ela disse.

- Eu também!

E essas foram as palavras mais sinceras e amáveis que nós já trocamos até hoje.